A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira o início de uma "luta sem quartel" contra o tráfico e consumo de crack, uma droga que, por cálculos não oficiais, é usada por 500 mil pessoas no país.
"O tamanho desta luta exige pessoas capacitadas para enfrentar o problema", disse Dilma em um ato realizado no Palácio do Planalto, no qual apresentou os planos do Governo para colocar freio na droga que "por ser barata, tem capacidade de propagação muito extensa", apontou.
A chefe de Estado indicou que o combate ao craque vai ocorrer nas frentes da prevenção, tratamento especializado, educação e repressão ao tráfico, mediante um controle mais severo das fronteiras e de uma "luta sem quartel" contra os distribuidores.
Admitiu que o aumento do consumo dessa droga no Brasil criou "um quadro extremamente preocupante no que se refere à criminalidade, a violência e a juventude", que vê "degradada sua personalidade e relações com a sociedade".
Dilma acrescentou que o "grande desafio" do craque é que "não existe, no plano mundial, nenhum acervo de conhecimentos e metodologias para seu tratamento".
Com relação ao combate ao craque, também anunciou a criação de 46 centros de formação de profissionais da saúde e da área social, que serão especializados no tratamento de pessoas dependentes dessa e de outras drogas.
Embora não existem dados oficiais atualizados sobre o consumo de crack no Brasil, ONGs calculam que o número de usuários deve ser de cerca de 500 mil.
Uma das situações mais críticas ocorre no Rio Grande do Sul, que faz divisa com a Argentina e o Uruguai, e onde as autoridades de saúde afirmam que há ao menos 50 mil pessoas dependentes da droga.
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