O primeiro desafio a ser enfrentado é o da concepção de família. É possível, hoje, abordar o assunto família com a mentalidade de 50 anos atrás, quando prevalecia ainda uma constituição familiar com pai, mãe, filhos regulados por uma concepção gregária marcada pela autoridade dos adultos, baseada no respeito, limites demarcados, responsabilidade que auferia autonomia e favorecia o desenvolvimento integral da criança? Aquela concepção de família tinha mais claro a essência da educação que era assegurada, antes que tudo, pelo testemunho dos pais, através de posturas pautadas nos valores humanos gerados por convicções. O que era dito era mantido e, dessa forma, a criança, convivendo nessa atmosfera, desenvolvia uma compreensão sobre e como teria de comportar-se para estar adequada ao esperado pela família e sociedade.
Os pais não temiam, amavam e, em decorrência dessa visão, corrigiam, educavam. Eram responsáveis pela opção e função que ocupavam como pais e formadores de seres humanos não para eles, mas para a sociedade complexa, desafiante, exigente e em constante mudança.
Não confundiam seu papel com o dos filhos para agradá-los e ou preservá-los de viverem seu próprio processo de crescimento, gratificante, mas conflituoso e por isso mesmo, precisa ser assumido e encarado de frente, pois de outro modo forjariam seres humanos fracos.
Afinal, pensamos em quem, e baseados em quais concepções de família e de mundo educamos, quando optamos por educar dessa ou daquela forma nossos filhos?
O modelo de constituição familiar mudou, mas o ser humano continua sendo na vida, um reflexo, daquilo que vivenciou e experienciou na intimidade das relações, através das palavras, ações e posicionamentos dos adultos, o que é ser gente.
Nunca foi e muito menos na atualidade, é possível não levar a sério o papel educativo de mãe e pai sem que graves danos sejam causados na vida das crianças e consequentemente dos futuros adultos e da sociedade.
O amor não descansa nunca, porque sabe o preço de uma cochilada, e a sua felicidade é ver com os próprios olhos que valeu a pena todo o investimento pessoal realizado.
Fonte: Blog da Diretora.
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